Bem que eu já tinha reparado! Na hora do almoço não dá para andar pelas calçadas da minha vizinhança. O que tem de moçada linda e bem vestida indo almoçar em lugares superlegais é impressionante!

 

 

Daí soube que eram  os “faria limers”. É  demais. Li na Vejinha , num artigo divertido,quem eram, o que fazem, como se comportam. Tudo bacana!
O seu habitat , o Condado, engloba a  Faria Lima, uma avenida larga e moderna ladeada por prédios atuais e suntuosos, nem sempre bonitos, mas sempre luxuosos. E pensar que essa superavenida começou numa rua estreita cercada de casas, algumas pequenas e outras maiorzinhas.

A minha tia Clélia tinha uma dessas casas, na rua Iguatemi  (esse era o nome de batismo da futura Faria Lima) e ela suspeitava que os  seus inquilinos faziam parte da Shindô Renmei ,um grupo de imigrantes japoneses que não acreditava que a guerra tinha terminado, nem que o Japão havia perdido a guerra. Acreditando na divindade do imperador Hiroito e defendendo as suas crenças, este grupo nacionalista aprofundou os seus ideais, tornando-se um agrupamento de gente  fanática e assassina.

 

Eu sempre gostei de perambular pela cidade e aprendi a não considerar as partes feias. O que sobra é fantástico!  Moro aqui no Itaim, e é muito agradável passear pela Faria Lima. Já  andei quilômetros, somando todo o tempo gasto nessa atividade.

Resiliente como seus vizinhos, fincado desde 1959 numa curva conquistada, um jequitibá-rosa lindo e altivo. Afinal, lá permaneceu por pedidos de moradores da região e aval do arquiteto Julio Neves, autor do projeto da nova avenida.

 

Aqui é o prédio da Google. Eles colocam umas poltronas tipo puff  pra todo mundo  sentar. As pessoas  ficam lendo, consultando  o celular, trabalhando.

 

 

 

 

 

Do outro lado, aqueles pontinhos no lateral do prédio espelhado são limpadores de janelas. Talvez eles admirem a vista da avenida movimentada , talvez gostem de fazer parte do reflexo do prédio do vizinho!

 

 

 

 

 

Dividindo a mesma calçada, um ciclista em sua bicicleta ecológica, carrega o seu cãozinho  no banco do carona. Que  cena  inusitada!

 

 

 

 

E agora, a alegria e esperança da moçada na Faria Lima!
Essas meninas estavam indo a um bloquinho no Carnaval. Estavam alegres, super bonitinhas com glitter no rosto e um arranjo na cabeça. Só. Precisa mais?

 

 

E os meninos calouros pedindo dinheiro no sinal. Felicíssimos! Afinal entraram no Insper ! Que orgulho!

Quem sabe, logo, logo, eles não  estarão aqui ,no Condado, como “successful faria limers” !