Existem inúmeras lendas.
Em quase todas, temos figuras improváveis como dragões, fadas, gnomos, monstros em lagoas, homens das neves e outras mais.
Existe uma que fala sobre um Povo extraordinário.
Segundo esta lenda, há muito tempo atrás existiu um Reino de imensas proporções chamado Tropicália.
Lá na Tropicália, a Corte vivia em uma cidade, que não produzia absolutamente nada, mas mesmo assim tinha a maior renda per capita do Reino.
A Corte tinha o hábito de gastar muito mais do que arrecadava e assim periodicamente criava novos impostos para cobrir os “buracos” no orçamento do Reino e que deveriam ser pagos pelo Povo.
O Povo detestava a Corte, mas calado, sem nunca se rebelar pagava os novos impostos, tendo certeza que esta situação jamais iria mudar, porque todas as pessoas, assim que tornavam Nobres, se tornavam corruptos.
A Nobreza que habitava a Corte era formada por pessoas que se diziam ser de: Direita, Centro, Esquerda e ou de outras posições intermediárias, mas independentemente das declaradas posições políticas, todos igualmente se beneficiavam das benesses que os seus títulos lhes conferiam por regras que eles mesmos estabeleciam.
E o que fazia o Povo?
Segundo a lenda, o Povo reclamava que nunca era atendido em suas solicitações de melhoria dos serviços de Educação, Saúde, Segurança, etc que deveriam ser fornecidos em função dos elevados impostos que eram pagos.
Era um Reino muito diferente, pois periodicamente promovia eleições permitindo que o Povo pudesse escolher as pessoas que deveriam fazer parte da Nobreza e basicamente qualquer pessoa podia pleitear votos para fazer parte da mesma.
É interessante registrar que apesar da enorme desaprovação que o
Povo tinha com relação à Corte, inexplicavelmente tinha o hábito de eleger sempre as mesmas pessoas, até mesmo alguns já haviam sido pegos com “a mão na massa” surrupiando os debilitados cofres do Reino, com conhecidos casos onde a “dinheirama” era transportada em cuecas ou em malas, estocada em baús em prédios ou então até depositada em contas em outras terras.
Outra mania que este Povo tinha, era a de eleger parentes destes mesmos Nobres e desta forma várias famílias ocupavam cargos em diversos níveis do Reino, como se fossem Reinos particulares.
A lenda não diz como termina a saga deste Povo, mas devemos admitir que é mais fácil acreditar na existência de dragões, fadas, etc, do tenha existido um Povo tão idiota assim.
Por: Zé Bicudo (jocabics@gmail.com)